Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.
Manoel de Barros

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Sexismo e misoginia: a imagem da brasileira objeto de exportação

Juiz mantém venda de guia que chama brasileira de "popozuda"

A Justiça Federal negou pedido da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) para tirar de circulação a revista Rio For Partiers (Rio para festeiros). O guia turístico chama algumas brasileiras de "máquinas de sexo" e de "popozudas" e classifica os bailes de carnaval como "atividades de semi-orgia".

A Embratur afirmou no pedido que a publicação usou de má fé o símbolo Marca Brasil, de promoção do turismo, e disse que o guia promove a exploração do turismo sexual, ao classificar as mulheres, além de violar a Política Nacional de Turismo.

O juiz José Luis Castro Rodriguez negou o pedido e disse que a Embratur não é titular da Marca Brasil. Rodriguez afirmou ainda que classificar as mulheres não afronta os "princípios norteadores da Política Nacional de Turismo ou violação à dignidade da pessoa humana" e não promove o turismo sexual.


Classificação
Na publicação, da Editora Solcat Ltda., as mulheres brasileiras são classificadas em quatro tipos: "Britney Spears", "popozuda", "hippie/raver" e "Balzac". O primeiro seria o das "filhinhas de papai", avessas a cantadas. O segundo seria o das mulheres intituladas "máquinas de sexo", com as quais, de acordo com a revista, "ir ao motel é sempre uma boa possibilidade".

As "hippies/ravers" são definidas como garotas "difíceis de beijar", mas "fáceis de ir para a balada", enquanto a "Balzac" como mulher que, se tratada "como uma dama", retribuirá o companheiro tratando-o "como um rei, talvez não hoje à noite, mas amanhã com certeza".

Redação Terra

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